Da esquerda para a direita:
Em primeiro plano, meio desfocados: Morais Soares e Mourão (atrás do Mourão, um camarada da CCaç 715, que não consigo identificar);
Sentados: Carvalho (CCaç 715), Torres (CCaç 715), Rodrigues e outro camarada da Ccaç 715), cujo nome “fugiu”;
De pé: Ramiro e Fonseca
Na janela: Miranda Dias e Babo
Embora esta seja uma das “minhas” fotografias mais desastradas (parece que estou ausente ou a dormir), gosto particularmente dela.
Foi tirada na espaçosa varanda da Flórida, onde estavam alojados alguns furriéis. As cadeiras eram feitas com madeira de barris de vinho, que depois de vazios eram reaproveitados.
A imagem tem a particularidade de retratar alguns dos meus camaradas com quem tive, ou ainda tenho, especiais laços de amizade.
A começar pelo Torres que - soube-o recentemente -, faleceu já há alguns anos.
Foi meu colega de turma, no Liceu D. João III, além de ter sido meu companheiro de viagem habitual no comboio que todos os dias nos transportava das localidades onde residíamos, para Coimbra.
Reencontrámo-nos em Agosto de 1963, no quartel de Tavira, onde frequentámos o Curso de Sargentos Milicianos.
Conheci o Miranda Dias, cuja memória evoquei aqui, aos 16 anos, quando disputámos o Campeonato de Andebol de Lisboa, em Juniores, em representação de clubes diferentes. Mas só viriamos a criar laços de amizade quando nos reencontrámos no RAL 1, na formação do Batalhão.
O Carvalho foi outro camarada que conheci em Tavira, e com quem fiz amizade. Tinha uma acentuada pronúncia “à Porto”. Com ele aprendi um termo novo da nossa Língua, quando ele, na caserna, me perguntou se eu não tinha um “aloquete” a mais. Sabia lá eu que um aloquete era aquilo que eu conhecia como cadeado! Mas fiquei a saber.
O Babo, também já nos deixou (por cruel coincidência vítima de uma doença degenerativa, tal como aconteceu com o Miranda Dias, seu amigo e camarada do 4º pelotão), e espero homenageá-lo num dos próximos posts.
Continuo a manter contactos regulares com o Ramiro, que costuma estar presente nos nossos convívios.
Do Morais Soares dei conta neste texto, e espero que cumpra o prometido e apareça no próximo ano.
O José Rodrigues, que ficou em Angola - onde casou com uma moça da Gabela, para onde fomos depois de Lucunga -, regressou mais tarde a Portugal, e foi bancário em Vila Nova de Gaia, onde residia. Veio pelo menos a um dos almoços na Ponte de Asseca. Entretanto, o seu número de telefone foi alterado e perdi o contacto.
O Mourão afastou-se depois do regresso. Encontrei-o ocasionalmente três vezes, alguns anos depois do nosso regresso, mas embora tivesse conversado de forma cordial, nunca mostrou vontade de frequentar os nossos convívios.
A foto foi tirada por altura de um jogo de futebol, em Lucunga.
Especialmente emocionante. Provavelmente, muitissimo mais para quem postou.Ela relembra para o C.Fonseca, dois anos de serviço militar, 1965-67. Nessa ocasião eu era uma menina pequena aqui em Salvador-Bahia-Brasil.O tempo da foto está dentro do intervalo da guerra do Vietnam. Quando olhei para a foto, pensei naquele acontecimento.Fonseca está a relembrar o tempo da camaradagem no exército.Não é mesmo isto Sr. Fonseca? Osjovens risonhos muita esperança de vida,memo em período desagradável.Porque descobri esta foto? Navegando atrás de varandas floridas, passei por esta ilha.Um momento que ficou no passado mas, que está claro entre suas lembranças. Grand eAbraço. Maria das Graças Pereira Nunes
ResponderEliminarC. Fonseca é um militar ou já foi?Um soldado de um Batalhão de artilharia.Homem de guerra ou serviu durante o período da guerra do Vietnam.Quero perguntar: o que acnteceu em Lucunga neste período? O que vocês faziam por lá?
ResponderEliminarA referência um tempo desagradável.Não é para a foto.Quero dizer que é o período da História, a guerra do Vietnam que ouvia noticias pelo rádio e sofria muito com os relatos, as atrocidades da guerra naquele lugar.A Violência, a maldade cega. Cada bombardeio, vidas ceifadas, crianças mutiladas.Muita dor. Não paramos com isto. O presidente dos Estados Unidos demostra não querer que o conflito árabe acabe,relutando em querer reconhecer o Estado Palestino. Isto me entristece por demais. Precisamos de paz neste mundo e vamos consegui-la com muito amor sem gurras. Sem atitudes brutas, sem trunculências. Desejamos um mundo melhor. Vamos trabalhar por este mundo melhor.
ResponderEliminarNa fota, jovens bonitos e cheios de vida, reunidos em uma varanda. Um momento de descanso.Numa parada para papear.Provavelmente estavam prestando serviço militar. É isto mesmo Sr. Fonseca?
ResponderEliminarCara Maria das Graças!
ResponderEliminarAntes de mais o meu agradecimento pelos seus comentários.
Numa breve explicação, dir-lhe-ei que estive em Angola, durante a guerra colonial, cumprindo o serviço militar obrigatório, o que significa que, tal como quase todos os militares da foto, não era profissional. O único militar de carreira presente na foto era o Ramiro.
Cumprimentos.