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domingo, 24 de março de 2013

Luís Ferreira de Matos


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Em frente à bananeira do "jardim" da nossa casa, em Lucunga
Da esq. para a dta.: Carlos Fonseca, Nunes da Silva e Luís de Matos

Confirmando o velho princípio de que “as conversas são como as cerejas”, durante o almoço na Quinta dos Loridos, veio à baila o nome do Luís de Matos, que foi, em circunstâncias especiais, furriel-miliciano da CArt 738.

Para minha surpresa, o Vítor Casimiro, que comandou o 3º pelotão, não fazia ideia de quem eu estava a falar.

É certo que entre os companheiros que são presença constante nos nossos encontros não há quem traga notícias do Luís, de quem nunca mais soube nada desde esse já longínquo 28 de Fevereiro de 1967, em que saímos de Luanda rumo a Lisboa (faltando-lhe ainda alguns meses para cumprir o tempo de comissão, não viajou connosco). Mas o motivo da minha surpresa radica no facto de o Luís de Matos ter sido comandante de uma secção do mesmo 3º pelotão que o Casimiro comandou.


Na varanda da nossa  casa. (Atrás, a janela do quarto que eu partilhava com o Nunes da Silva)

Da esq. para a dta.: Mourão, Luís de Matos, Miranda Dias, Nunes da Silva e Carlos Fonseca

É verdade que o Luís não fazia parte do pessoal da CArt 738 que embarcou no Vera Cruz em Janeiro de 1965, pois apenas foi mobilizado para a nossa Companhia alguns meses depois, para substituir um furriel que fora transferido para outra unidade. 

E também é verdade que ele era um moço discreto, que cumpria os serviços que lhe eram distribuídos, conscienciosamente, mas que fora do serviço era avesso a protagonismos, que dispensava. Não jogava às cartas, não ligava ao futebol, nem participava das nossas “maluquices”. E não era porque não o desafiássemos. Mas ele olhava-nos com um sorriso muito peculiar, e ficava na dele.

Sempre pensei que o seu comportamento era influenciado pelos anos em que foi seminarista, período que por certo lhe moldou o carácter.

Voltando ao princípio: surpreendido com a traição que a memória pregou ao Casimiro prometi que colocaria aqui uma fotografia do Luís, para lhe refrescar a memória. Dou-lhe outra, de brinde, e publico duas.

Mas o que constituiria a cereja em cima do bolo, era se o Luís de Matos, por um daqueles bambúrrios que às vezes acontecem, acabasse por ler isto e viesse dar um olá! à “rapaziada”.

terça-feira, 19 de março de 2013

Últimas fotos do Convívio na Quinta dos Loridos


Com a publicação destas fotografias, dou por terminada a minha “reportagem fotográfica” de mais um encontro dos antigos militares do Batalhão de Artilharia 741.

Porém, se algum dos presentes na confraternização da Quinta dos Loridos me enviar fotos, terei todo o gosto em colocá-las neste espaço. 


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Uma mesa onde pontificava o Catuna


Vista geral da sala


O coronel Rubi Marques à conversa com dois camaradas da CArt 738


De frente para a câmara, um grupo de camaradas da CArt 738, que nunca falha os nossos encontros


Mais um grupo da CArt 738



O Casimiro, a falar com o Amaro, o Fagundes (atento à conversa), o Duarte e a esposa



O casal Passarinho com a esposa do Duarte



A mesa do Silva Pereira, ao centro, de frente para a câmara





quinta-feira, 14 de março de 2013

Mais fotografias do convívio na Quinta dos Loridos


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O bolo 


O Carlos Cristóvão, da CCaç 715 (Missão do Bembe), que costuma comparecer nos nossos encontros,  não nos deu este ano esse prazer. Em consequência, não só nos privou das suas interessantes histórias, mas também das fotos que costumava enviar-me para colocar aqui. Não tendo outras colaborações, a “reportagem” vai, desta vez, ressentir-se da sua ausência.

Mas, para não perderem tudo, fica uma nota quase cómica, relembrada pelo nosso cabo-mecânico, a quem devemos o milagre de pôr em funcionamento as decrépitas viaturas que encontrámos em Lucunga quando chegámos, situação que já referi aqui.

Quando, pouco depois de chegarmos, o “Zé da Pipa” (não sei a origem do “nickname”, mas sei que a “pipa” não tinha a ver com excesso de bebida) foi mudar um dos jipes de lugar, pô-lo a trabalhar, mas quando quis meter a primeira velocidade, está quieto! Aquilo nem entrava, nem saía.

Saltou do volante, foi espreitar e, para seu grande espanto, viu que no lugar do veio de transmissão estava um pau.

No sábado rimos um bocado da habilidade dos camaradas que fomos render, mas nesse longínquo Janeiro de 1965, não houve risos. Era menos uma viatura operacional. Mas  acabou por não se perder tudo: aproveitaram-se algumas peças.


Um grupo da CArt 738, com o Torcato a contar mais uma história



Esta mesa estava desfalcada no momento da foto. À esquerda o Duarte, depois o Passarinho, com a esposa à sua direita. 


Outra mesa com camaradas da CArt 738



O reencontro entre o Sebastião Fagundes, comandante do 4º pelotão, e o coronel Rubi Marques. À espera, de vez, o Duarte



Um aspecto parcial da sala



Nesta mesa - que está na "zona" do pessoal da CArt 739 (à esquerda Silva Pereira, que é a alma destes encontros) - está um infiltrado da 738: à direita, com a mão no peito, o Augusto Fernandes




Camaradas da CArt 738, com familiares

segunda-feira, 11 de março de 2013

Fotografias do 27º Almoço-Convívio do BART 741


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CArt 738

O almoço de confraternização que teve lugar no último sábado, na Quinta dos Loridos (Carvalhal), constituiu mais um êxito (*) que ficamos a dever ao nosso camarada Silva Pereira.

Entre velhos companheiros de armas e seus familiares, foram cerca de duzentos e cinquenta os que conviveram animadamente durante algumas horas (que nestes dias parecem ter bem menos do que os 60 minutos da praxe. Ao contrário do que nos acontecia no mato, sobretudo quando fazíamos emboscadas, altura em que os ponteiros dos relógios pareciam imobilizados).

Entre o reviver de velhos episódios nunca suficientemente recordados, há sempre, por incrível que pareça, tantos anos depois, uma história de que um ou outro já não se recorda. Ou mesmo acontecimentos em que, não tendo sido intervenientes, ou testemunhas, desconheciam de todo, como aconteceu comigo. Fiquei sentado ao lado do Casimiro, comandante do 3º pelotão, que esteve colocado em Vila Nova de Seles, e mais tarde no Calulo, e que contou episódios de vária índole, alguns deles verdadeiramente hilariantes, que eu desconhecia por completo.

Houve ainda tempo para visitar o Buddha Eden Garden – Jardim da Paz. No meu caso foi uma visita rápida, por falta de tempo, já que, dada a extensão do Jardim, uma visita mais demorada ficará para uma próxima ocasião.

Para minha surpresa, tiveram falta alguns camaradas das classes de oficiais e sargentos, que habitualmente não falham os nossos encontros. Felizmente, tivemos o grato prazer de abraçar o Coronel Rubi Marques – que foi comandante da CArt 738 – completamente restabelecido da inoportuna maleita que o impediu de comparecer em 2012, como provou no brilhante improviso que proferiu na altura dos brindes.

E, como já referi acima, o tempo foi pouco atendendo à vontade que tínhamos de falar com uns e com outros. Resta-nos esperar pelo próximo encontro.

Aproveito para colocar algumas fotografias do evento.

(*) Na minha opinião, convém frisar, para evitar que o reduzido lote de descontentes me volte a enviar mensagens a dizer que não foi êxito nenhum: ou porque o vinho branco estava pouco fresco, ou porque estava gelado e fazia mal à garganta; ou então era o bacalhau que estava muito salgado, para alguns, ou que tinha estado demasiado tempo a demolhar, para outros.


À entrada para o chamado "Salão de Eventos". A foto não consegue fazer jus à beleza da porta



A mesa da organização, com o incansável Silva Pereira, à esquerda




Um pequeno grupo da CArt 738, com o Sebastião Fagundes em primeiro plano, a pensar nas políticas dos "troikanos"



Fagundes, Casimiro, Rubi Marques e Duarte, recordam velhos tempos


Um aspecto geral da sala



Mais um grupo da 738 e respectivos familiares



A mesa da família Reimão

terça-feira, 5 de março de 2013

É já no próximo sábado

Na sequência do texto anterior venho recordar que é já no próximo sábado que se realiza, na Quinta dos Loridos, no Carvalhal, o 27º almoço/convívio do Batalhão de Artilharia 741.

No último fim de semana a adesão dos nossos antigos camaradas era animadora, de tal modo que, a manter-se o ritmo durante esta semana, não será arriscado prever que chegaremos a um número de presenças ao nível das que se registaram no último ano, em Fátima.

Para abrir o "apetite", deixo aqui algumas fotos da última confraternização, que foram enviadas pela filha do Reimão, e que chegaram já um pouco "fora de prazo".