Há dias, durante uma daquelas viagens sem destino que de vez em quando faço pelos caminhos da Internet, tropecei nesta fotografia. Há quanto tempo não via nem me lembrava dos velhos ”Petromaxes”, que em Lucunga foram de grande utilidade.
Habitualmente, a iluminação era assegurada por um cansado gerador que, de vez em quando, se recusava a trabalhar. Na maior parte das vezes em que isso sucedia, a nunca por demais elogiada competência do pessoal da “Ferrugem”, encarregava-se de resolver o problema.
Porém, chegou o dia em que nem a capacidade do “Zé da Pipa” (anjo da guarda de tudo o que tivesse motor) para desenrascar peças de substituição, chegou para resolver a avaria. Foi necessário requisitar o material indispensável para uma reparação eficaz.
Por incrível que pareça, as peças demoraram muito tempo a chegar. Não tenho já a certeza, mas julgo que foram mais de dois meses de espera. Talvez algum leitor, de entre a enorme minoria de antigos camaradas que me lê, possa esclarecer este pormenor.
E foi aqui que entraram em cena os petromaxes. Também já não me lembro de onde vieram tantos candeeiros, mas a verdade é que em todos os alojamentos havia um, pelo menos.
Produziam uma excelente iluminação, mas tinham um “calcanhar de Aquiles”: as camisas duravam pouco, pelo que tinham de ser substituídas com frequência.
P.S. - Para poupar o trabalho de pesquisa a quem nunca ouviu falar neste precioso auxiliar de iluminação, deixo a descrição da Wikipedia:
“O petromax consta de um depósito, onde está introduzida uma bomba de pressão, do qual sai um tubo tendo na extremidade um vaporizador e fixa a este uma camisa em seda em forma de lâmpada, protegida por um cilindro em vidro. No cimo tem uma chaminé por onde saem os gases.”
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