Na primeira história que publiquei neste blogue, descrevi o ritual da “investidura” nos novos postos dos militares da Cart 738, recém-promovidos.
Na altura tive pena de não ter qualquer fotografia que ilustrasse a ocasião. Sucede que, durante o convívio dos militares do BArt 741, em 12 do corrente, aquele tema veio à baila e o Sebastião Fagundes, que foi alferes-miliciano e comandante do 4º pelotão da minha Companhia – oficialmente o “pelotão de acompanhamento” -, disse-me que tinha uma fotografia do momento em que o então capitão Rubi Marques lhe colocava os galões nas platinas, prontificando-se a enviar-ma se eu estivesse interessado.
Claro que estava interessado, não só nessa, mas também em quaisquer outras que testemunhem essa época e contribuam para alargar o meu campo de escolha.
Nesta foto consigo identificar em primeiro plano e da esquerda para a direita, os furriéis-milicianos Vaz e Rodrigues e o primeiro-sargento Ramalho, com o rosto meio encoberto pelo capitão Rubi Marques.
Quanto aos restantes camaradas, recordo-me de quase todos mas os nomes “fugiram”. Apenas me lembro do “petit nom” de alguns. Mas talvez seja sensato não os colocar aqui, mesmo sabendo que muitos não se importam.
A propósito deixo-vos um episódio que considero delicioso, do último almoço.
Quando cheguei ao restaurante já lá estavam quase todos, e acabei por me sentar num dos poucos lugares disponíveis ao lado de um camarada de cujo nome não me recordava, embora me lembrasse perfeitamente da alcunha (nem por isso simpática, sobretudo no Norte de Portugal), por que era conhecido (e habitualmente chamado em Angola) sem qualquer azedume da sua parte.
Cumprimentei-o e, pedindo desculpa pelo esquecimento, perguntei-lhe pelo seu nome.
E quando eu estava à espera de um nome e apelido, ele saiu-se com a alcunha de antigamente.
E quando eu estava à espera de um nome e apelido, ele saiu-se com a alcunha de antigamente.
Sorri, e não lhe disse que da alcunha me lembrava perfeitamente.
Finalizo deixando uma palavra de agradecimento ao Sebastião Fagundes pela sua disponibilidade.
Os dois últimos do primeiro plano são o Magalhães, 1º cabo atirador que foi "formado" enfermeiro em Lucunga e o cabo enfermeiro Oliveira. Estiveram ambos no convívio deste ano.
ResponderEliminarVenham mais estórias com que se faz História.
Um abraço.
Sebastião Fagundes
Fagundes,
ResponderEliminarObrigado por mais esta ajuda. Reconheci o Magalhães, mas não me lembrava do nome. Quanto ao Oliveira, com quem estive a conversar no almoço, não o reconheci na foto.
Isso de fazer História tem que se lhe diga. Não sou, nem pretendo passar, por historiador; limito-me a recordar - às vezes mal - alguns episódios da "história" vivida por um grupo de jovens (em circunstâncias muito especiais) durante um determinado período de tempo.
Um abraço.