Encontrei num jornal de Loulé a informação que acima reproduzo, no pressuposto de que possa interessar a algum dos leitores.
Confesso que desconhecia o facto da existência deste tipo de encontros naquele que, durante mais de quatro meses, foi também o meu quartel. Numa rápida pesquisa no Google concluí que este não é o primeiro convívio de antigos militares que ali tem lugar.
Pelo contrário, abertos, tal como neste caso, a todos os militares que ali serviram, houve pelo menos outro em 2008.
CISMI – Vista parcial da Parada
Já em Maio deste ano, os militares do Curso de Sargentos Milicianos de 1961, ali comemoraram os 50 anos da sua incorporação.
Passam hoje 48 anos sobre a data do juramento de bandeira da 2ª incorporação de 1963, de que fiz parte.
Pouco me recordo da cerimónia, que teve lugar a uma sexta-feira. Apenas me lembro que, ao contrário do que esperávamos, não tivemos um período especial de folga antes de começarmos a especialidade. Na segunda-feira seguinte iniciávamos um novo ciclo. Nem o Villaverde Cabral, que se casou no dia seguinte, teve direito a licença de casamento.
Salto para o galho
(a saltar de pernas abertas, este deve ter-se aleijado)
Embora dura e de grande exigência física, não tive especiais dificuldades durante a instrução, se exceptuar as primeiras experiências no pórtico.
Nem o salto para o galho, que era o papão com que os amigos mais experientes nos assustavam, foi difícil. Bastava termos cuidado e saltarmos de pés juntos, para não chocarmos no poste com partes mais sensíveis do corpo. O que paralisava alguns camaradas na plataforma, antes de saltar, era o medo de cair no vazio. Quando conseguiam o primeiro salto, não havia mais problemas. Se não conseguiam, passavam à categoria de “Amélias”.
Pórtico
O meu problema com o pórtico (que era também o problema de outros), era causado pelas vertigens que me apoquentavam quando subia a um ponto alto, sem apoio. Fazer ginástica e correr naquelas vigas a pelo menos 4 metros do chão e que não teriam mais de 40 centímetros de largura, era assustador.
Tive – eu e os outros – a sorte de ter a compreensão, e a paciência, do alferes Jónatas, que comandava o pelotão, que me deixou “ambientar” aos poucos. Quando, em Dezembro, acabei o CSM, as vertigens tinham desaparecido e eu corria e saltava lá em cima, sem qualquer problema.
CISMI - Porta de Armas
Estive em Tavira no CISMI NO 3º TURNO DE 1967, 4º Pelotão, 3ª companhia, comandante de pelotão era o aspirante Matinhos, furriel Borralho e cabo miliciano Mealhada.Exercia o comando da companhia o tenente Beato. Tive camaradas de todo o Continente, Madeira, Açores e Cabo Verde. Fiz a recruta e especialidade tudo em Tavira, especialidade atirador. O meu cmte de pelotão na especialidade foi o tenente Arcanjo. No fim do curso vim para os Açores, donde sou natural, para o então B.I.I.17 na ilha Terceira. Depois de tantos anos, de ter andado por vários locais do nosso continente e Madeira, nunca mais encontrei camaradas desse tempo, salvo o actor Joel Branco, que sempre foi do meu pelotão e alguns açoreanos com quem ainda tenho contacto. Gostaria de voltar a ver e falar com todos os que ainda fosse possível.
ResponderEliminarJaime Tomás
Caro Jaime Tomás,
EliminarPublico o seu comentário sem o contacto telefónico que indicou, por uma questão de precaução. Nunca sabemos se as intenções de quem navega por estes "mares", são boas ou más.
Se algum dos seus antigos colegas pretender contactá-lo, basta clicar acima à direita em "Ver o meu perfil completo", e mandar uma mensagem manifestando essa intenção, caso em que farei a ligação consigo.
Um abraço, e muito obrigado pelo seu comentário.
Carlos Fonseca
Amigo Jaime Tomás, vim hoje à procura do CISMI e deparo com esta curiosa narrativa. É que eu tirei a especialidade de atirador no 2º. Turno de 67, na mesma Compª., tendo como 2º. Comandante o Tenente Beato, calmo e de piada fina “o zé militar para desferir uma granada, tira a cavilha, lança-a para bem longe e mete a granada no bolso”. Como me mandaram para Lamego no final do curso e não ter ficado nos Comandos regresso a Tavira para aguardar colocação. Nessa altura estava a entrar a vossa recruta e eu fui um dos repescados para vos fazer o teste de visão, estava com as letras á distância regulamentar na sala enfrente ao gabinete do oficial de dia. Ao fim da tarde do vosso 1º. dia o pelotão do Alf. ou Ten. Robles entraram na parada em passo de desfile… Abraço amigo.
EliminarIgualmente estive no CISMI em agosto do ano de 1963, tendo depois ido para o RI 10, onde fui mobilizado para o Ultramar, indo para o RI 16 em Évora, depois para o RC 3 em Estremoz saindo de lá no dia 4 de agoto de 1964 para Lisboa onde embarquei no navio India rumo a Macau, onde ainda me encontro.
ResponderEliminarEu também passeio por la...estive no 2º turno de 1970 (Abril a Junho), no ano em que houve levantamento de rancho
ResponderEliminarGostaria muito de encontrar camaradas desta altura ...e não si claro esta.Fiz parte da 1ª companhia - 1º pelotão. Tinha o tenente Rodrigues como comande de pelotão, o alf Rodrigues como adj e o cabo Miliciano Brito ( de cabo verde). Era uma companhia muito mesclada.Tinha gente de todo o lado.....alguém desse tempo por aqui?...um abraço amigo a todos os CISMIENSES...
Vindos de comboio do quartel das Caldas da Rainha, onde tirámos a Recruta, iniciei e conclui aqui a especialidade de Transmissões (Setembro a Dezembro de 1967). Eram famosos o Robles e Trotil. Muitos metros de fio estendemos entre as alfarrobeiras, para ensaios de comunicação rádio ! AFONSO SOUSA
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